Bolsonaro mistura política de campanha e exibições militares no bicentenário do Brasil


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BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO, 7 de setembro (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro misturou desfiles militares no Dia da Independência do Brasil com comícios políticos no Rio de Janeiro e Brasília nesta quarta-feira, provocando centenas de milhares de apoiadores menos de um mês antes de uma eleição acalorada.

Opositores e juristas criticaram o líder de extrema-direita por cooptar as celebrações públicas do bicentenário do Brasil para servir sua campanha de reeleição, na qual as pesquisas o mostram atrás do rival de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva antes da votação de 2 de outubro.

“Nossa batalha é uma luta entre o bem e o mal”, disse Bolsonaro a seus apoiadores de um caminhão de som em Brasília, em meio a gritos de “Lula, ladrão” e faixas pedindo intervenção militar no Supremo Tribunal Federal.

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Bolsonaro atenuou seus ataques contra o Judiciário depois de passar mais de um ano atacando os tribunais que administram as eleições brasileiras, que ele chama de vulneráveis ​​a fraudes, sem citar evidências.

As críticas do presidente ao sistema de votação eletrônica do Brasil provocaram pedidos de golpe militar de alguns de seus apoiadores mais radicais. Alguns observadores temem que ele esteja preparando as bases para alegar fraude eleitoral como seu aliado dos EUA, o ex-presidente Donald Trump, e rejeitar uma possível vitória de Lula. consulte Mais informação

No entanto, os apoiadores de Bolsonaro estavam confiantes na quarta-feira, apontando a multidão no shopping de Brasília e na praia de Copacabana, no Rio, como um sinal de que as pesquisas estão distorcidas e o presidente pode conquistar a eleição sem um segundo turno.

“Vim apoiá-lo porque ele está sendo atacado por comunistas e instituições controladas pelo ex-presidente (Lula)”, disse Sidney Granja, mecânico da zona norte do Rio.

Ele também disse estar confiante de que Bolsonaro vencerá as eleições democraticamente e admitirá se for derrotado por Lula.

Em Brasília, as autoridades mantiveram um cordão de segurança apertado para impedir que os apoiadores de Bolsonaro avançassem em direção à Suprema Corte, como seus apoiadores tentaram no ano passado em uma manifestação que alguns compararam o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.

Bolsonaro iniciou os procedimentos lá presidindo uma parada militar comemorando os 200 anos da independência do Brasil de Portugal. A exposição incluiu tropas em marcha, veículos blindados, viadutos da Força Aérea e tratores do poderoso setor agrícola, que é fundamental para o apoio político de Bolsonaro.

Apoiadores abafaram um coro militar cantando “Nossa bandeira nunca será vermelha!” – um golpe nas cores da festa de Lula.

Mais tarde, Bolsonaro participou de exibições militares no Rio, que incluíram pára-quedistas desembarcando na costa e navios de guerra no mar, e depois encabeçou um segundo comício na famosa praia de Copacabana.

Ele denunciou seu rival de esquerda Lula, o ex-presidente que foi preso por corrupção, mas depois teve suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.

“Esse tipo de pessoa deve ser extirpada da vida pública”, disse.

Advogados da coligação de campanha de Lula pediram à Justiça Eleitoral que investigue os comícios de Bolsonaro como uso indevido de recursos públicos para fins de campanha.

Pesquisas de opinião mostram Lula, que foi presidente de 2003 a 2010, liderando a corrida presidencial, embora sua vantagem tenha diminuído nos últimos meses. As últimas pesquisas ainda mostram Lula derrotando Bolsonaro por dois dígitos em um provável segundo turno no final de outubro. consulte Mais informação

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Reportagem de Anthony Boadle, Ricardo Brito, Ueslei Marcelino e Adriano Machado; Edição por Brad Haynes, Paul Simão, Rosalba O’Brien e Aurora Ellis

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