Grécia aprova orçamento de 2023 e prevê superávit primário
O orçamento prevê um superávit primário – excluindo o serviço da dívida do país – e prevê que o crescimento desacelere para 1,8% em 2023, de 5,6% neste ano, com a economia se recuperando fortemente da recessão causada pela pandemia de coronavírus.
A inflação deverá atingir uma média de 5% em 2023, de 9,7% este ano. Em alguns meses deste ano, a inflação atingiu dois dígitos pela primeira vez desde 1995.
Com os preços elevados, sobretudo da energia, a surgirem como a maior preocupação das famílias e das empresas, o governo vai continuar a subsidiar as contas de eletricidade. Também subsidiará, a partir de fevereiro e por seis meses, a compra de alimentos no valor de 10% para as famílias elegíveis. O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis estimou que 85% das famílias do país se beneficiarão do subsídio, que será financiado por meio de um imposto inesperado sobre as duas refinarias de petróleo do país.
Em 2010, a Grécia, enfrentando uma crise de dívida, assinou um acordo com seus credores, a UE e o Fundo Monetário Internacional, para um empréstimo de emergência que permitia aos credores ditar cortes de gastos e aumentos de impostos. A Grécia assinou dois acordos semelhantes em 2012 e 2015. Em abril de 2022, a Grécia pagou os empréstimos do FMI. Em agosto de 2022, a UE decidiu que a Grécia não está mais sob o que chamou de “regime de vigilância aprimorada”, embora ainda deva se comprometer a manter os superávits orçamentários primários de 2023 em diante.
As eleições devem ocorrer em algum momento antes de julho de 2023.