INDIANÁPOLIS—Quase 28.000 refugiados atualmente vivem em Indiana. Eles fazem parte de uma crescente população de refugiados no estado, que enfrenta múltiplas barreiras à autossuficiência.
Foto por Craig Adderley, Pexels.
Para ajudar a orientar os líderes na abordagem das necessidades dos refugiados, pesquisadores do Centro de Pesquisa sobre Inclusão e Política Social (CRISP) divulgaram um novo relatório sobre as barreiras que os grupos de refugiados enfrentam, as implicações e as possíveis soluções para reduzir essas barreiras. O CRISP, parte do IU Public Policy Institute, analisa e divulga pesquisas sobre disparidades sociais e questões políticas complexas com o objetivo de apoiar e melhorar os resultados das organizações da região central de Indiana.
Descobriu-se que o maior grupo de refugiados em Indiana vem da Birmânia, respondendo por mais de 80% de todas as chegadas ao estado desde 2007. Enquanto dezenas de outras nações estão representadas em todo Indiana, outros grupos de refugiados predominantes no estado vêm do Afeganistão, República do Congo, Somália, Haiti, Sudão e Síria.
Quando os refugiados chegam a Indiana, eles geralmente são reassentados nos condados de Allen ou Marion, que possuem populações de refugiados existentes e mais recursos de apoio disponíveis. Eles enfrentam barreiras, incluindo aprender um novo idioma, encontrar moradia acessível, garantir empregos estáveis, navegar na assistência médica, encontrar transporte confiável e ter sistemas de apoio social coordenados onde vivem.
Os pesquisadores do CRISP entrevistaram funcionários de agências de atendimento a refugiados em Indiana. Eles também examinaram pesquisas anteriores sobre o tema e entrevistas com refugiados locais. Pesquisas mostram que as barreiras que eles enfrentam geralmente estão interligadas.
Por exemplo, a falta de habilidades linguísticas afeta todas as áreas da experiência de um refugiado. Garantir um emprego estável pode primeiro exigir encontrar moradias acessíveis situadas em rotas confiáveis de transporte público. Encontrar assistência médica nos Estados Unidos pode ser complexo até mesmo para os cidadãos. Embora a maioria das instalações médicas seja legalmente obrigada a fornecer assistência linguística, muitos refugiados podem não entender seus direitos ou como navegar nesses sistemas. Ter uma comunidade solidária de pessoas com experiências compartilhadas pode fornecer aos refugiados recursos e apoios sociais muito necessários.
Como resultado, os pesquisadores do CRISP determinaram que as melhores maneiras de abordar as barreiras mais significativas são:
Aumentar a autoridade estadual e local sobre o processo de reassentamento.
Aumentar o financiamento das agências para que possam prestar mais assistência aos refugiados.
Aumentar o acesso a serviços de idiomas, moradia acessível, emprego remunerado, opções de assistência médica e transporte confiável.
A equipe do CRISP também recomenda que os líderes estaduais e locais se aprofundem na compreensão de suas populações locais de refugiados. Eles dizem que isso os ajudará a discernir barreiras culturais adicionais específicas para cada grupo de refugiados e a melhor forma de ajudá-los a se acostumar com seus novos lares.